Estamos vivenciando uma crise social e econômica com a pandemia de COVID-19. Para nos recuperarmos do impacto sem precedentes na economia mundial, será necessário conhecimento, habilidade e principalmente atitude para enfrentar esse desafio. Nos tempos atuais, gerenciar uma empresa é gerenciar mudanças, ou seja, estar sistematicamente preparado ou se preparando para enfrentar a complexidade dos problemas atuais e alterações de rumo. E neste cenário o que potencializará o desempenho profissional e a gestão nas empresas são as chamadas Soft Skills.
Conheça quatro dicas de Soft Skills que estão entre as 10 mais importantes de acordo com o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
Capacidade de Resolver Problemas Complexos:
Essa Soft Skill foi definida no último fórum em Davos como a habilidade mais importante para o profissional do futuro.
Ela é representada pela capacidade do profissional ter visão, percepção e atitude para poder criar estratégias eficazes para resolver os desafios do cenário atual, não apenas relacionado a pandemia, mas também em decorrência do ambiente complexo, competitivo, inovador e ao mesmo tempo instável no cenário mundial atual.
Nesse sentido se faz necessário ter uma visão clara dos problemas sobre várias perspectivas, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, motivacionais e reunindo a equipe para um amplo debate de ações de melhorias.
Inteligência Emocional:
De acordo com Daniel Goleman, a inteligência emocional se refere a uma série de habilidades e capacidades e competências não cognitivas que acabam influenciando a capacidade de uma pessoa em lidar de maneira bem-sucedida com as demandas do dia a dia, e as pressões que o ambiente exerce. Ela é composta por cinco dimensões:
- Autoconsciência: capacidade de ter consciência dos próprios sentimentos;
- Autogerenciamento: capacidade de administrar as próprias emoções e impulsos;
- Automotivação: capacidade de persistir diante de fracassos e dificuldades;
- Empatia: capacidade de perceber o que as outras pessoas estão sentindo;
- Habilidades sociais: capacidade de lidar com as emoções de outras pessoas;
Criatividade:
As organizações são impulsionadas tanto pelo ambiente externo onde a empresa está inserida (globalização, cenários e crises econômicas e sociais, maior complexidade nas relações em geral, mudança no comportamento da sociedade), quanto pelo ambiente interno, caracterizado por uma maior necessidade das pessoas se desenvolverem profissionalmente.
Neste cenário de desenvolvimento, o que está fazendo a diferença e aumentando a competitividade é a habilidade de ser criativo.
Para tanto a empresa deve ter no seu DNA uma cultura organizacional de inovação que promova a iniciativa e a criatividade para solucionar problemas, com estímulo a gestão participativa e a não-aversão a riscos.
Muitas vezes não é a ideia mais complexa que será a solução, mas a mais simples.
Flexibilidade Cognitiva:
O Fórum Econômico Mundial definiu a habilidade de flexibilidade cognitiva como a capacidade de criar ou usar diferentes conjuntos de regras para combinar ou agrupar as coisas de diferentes maneiras.
É a capacidade do profissional em se adaptar aos mais diferentes cenários, interagindo, com maior facilidade e rapidez, com estas novas realidades. É ter jogo de cintura em várias situações e estar aberto a mudanças, sugestões, opiniões e ideias. E essa flexibilidade muitas vezes terá que ser rápida, pois muitas situações irão exigir uma mudança de postura, rumo, estratégia de forma a fazer frente a uma situação inesperada.
Sobre o autor:
Flavio Schneider é coach, consultor, palestrante e professor da FGV. Mestre em Gestão e Políticas Universitárias para o MERCOSUL pela Universidade Nacional Lomas de Zamora, Argentina. Especialista, Pós-Graduado em MBA Gestão Empresarial pela FGV, Pós-Graduado em Administração de Empresas pela FAAP e Graduado em Engenharia de Produção pela IEEP. Formação HPC “High Performance Coaching HPC – Modalidades Self, Life e Professional” e APC – Analista de Perfil Comportamental pela ISI INFINITY.
Possui 28 anos de experiência profissional em empresas de serviços, dos quais dedicou a maior parte deles às empresas Sóciété Générale Du Surveillance, Porto Seguro, Liberty Mutual e Strong Educacional (conveniada da FGV), atuando como gestor em áreas administrativas, comerciais e de marketing. Desenvolveu experiência internacional trabalhando em Angola, Moçambique e África do Sul. Desde 2009 atua como professor da FGV Management e professor/tutor da FGV Online. É sócio da Visio Consulting na área de coaching, treinamento e desenvolvimento humano.
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Para desenvolver mais suas soft skills, faça um MBA ou Pós FGV, uma das instituições de ensino preferidas dos empregadores: