...
Atendimento / Ouvidoria

Como funciona a Tokenização de Ativos – o processo de transformar ativos reais em tokens digitais

Veja todos os itens do glossário

A tokenização de ativos é uma das inovações mais impactantes trazidas pela tecnologia blockchain. Ela representa a digitalização de bens físicos e direitos reais em forma de tokens, que podem ser registrados, negociados e transferidos de forma segura no ambiente digital. Esse conceito está revolucionando o modo como o mercado financeiro, o setor imobiliário e diversas outras áreas enxergam o valor e a liquidez dos ativos.

Ao transformar algo tangível — como um imóvel, obra de arte ou ação — em um token digital, a tokenização permite negociações mais rápidas, transparentes e acessíveis. Essa tecnologia vem se tornando uma tendência global, impulsionada pela popularização dos criptoativos e pela busca por formas mais eficientes de investimento.

O que é tokenização de ativos?

Em termos simples, tokenização é o processo de converter o valor de um ativo real em unidades digitais chamadas de tokens. Cada token representa uma fração ou totalidade desse ativo e é registrado em uma blockchain — uma rede descentralizada e segura que armazena transações de forma imutável.

Por exemplo, imagine um imóvel avaliado em R$ 1 milhão. Com a tokenização, esse bem pode ser dividido em 1.000 tokens, cada um representando 0,1% da propriedade. Assim, investidores podem adquirir apenas uma fração do ativo, sem precisar comprar o imóvel inteiro, tornando o investimento mais acessível e líquido.

Como funciona o processo de tokenização

O processo de tokenização de ativos segue algumas etapas fundamentais, que garantem sua validade jurídica, segurança e rastreabilidade:

  1. Identificação e avaliação do ativo: primeiro, é preciso determinar qual ativo será tokenizado — pode ser um bem físico (como imóveis, veículos, ouro) ou um ativo financeiro (como ações, títulos ou royalties). Ele é avaliado e documentado juridicamente.
  2. Estruturação legal: nessa fase, são definidos os aspectos regulatórios e contratuais que garantem que os tokens representem de forma legítima o ativo subjacente. É aqui que entram especialistas jurídicos e órgãos reguladores.
  3. Emissão dos tokens: o ativo é “convertido” em tokens digitais através de uma plataforma blockchain. Cada token é programado para representar uma fração específica do ativo e conter informações relevantes, como direitos e restrições.
  4. Distribuição e negociação: os tokens são disponibilizados em um ambiente digital, como uma exchange de ativos tokenizados, onde investidores podem comprá-los, vendê-los ou transferi-los.
  5. Gestão e governança: após a emissão, há um monitoramento contínuo dos tokens, garantindo conformidade legal, pagamento de dividendos e atualização de registros.

Vantagens da tokenização de ativos

A tokenização oferece diversos benefícios tanto para empresas quanto para investidores. Entre as principais vantagens, destacam-se:

  • 1. Acesso democratizado a investimentos: permite que pequenos investidores participem de mercados antes restritos, como o imobiliário ou de obras de arte, por meio da compra de frações de ativos.
  • 2. Maior liquidez: ativos tradicionalmente ilíquidos podem ser negociados com facilidade, já que os tokens podem ser vendidos rapidamente em plataformas digitais.
  • 3. Transparência e rastreabilidade: a blockchain registra todas as transações de forma pública e imutável, garantindo confiança e reduzindo fraudes.
  • 4. Redução de custos: elimina intermediários e burocracias típicas de transações financeiras e imobiliárias, diminuindo custos de operação.
  • 5. Eficiência global: tokens podem ser negociados entre partes de diferentes países em tempo real, ampliando o alcance do mercado.

Tipos de ativos que podem ser tokenizados

A tokenização é extremamente versátil e pode ser aplicada a uma ampla gama de ativos. Os principais exemplos incluem:

  • Imóveis: tanto residenciais quanto comerciais, permitindo investimentos fracionados em propriedades de alto valor.
  • Ações e participações empresariais: empresas podem emitir tokens representando cotas societárias, ampliando formas de captação de recursos.
  • Obras de arte e colecionáveis: obras físicas ou digitais podem ser fracionadas em tokens, permitindo que vários investidores compartilhem sua propriedade.
  • Commodities: como ouro, petróleo e diamantes, representados digitalmente para negociação global.
  • Recebíveis e royalties: direitos sobre fluxos de caixa futuros, como receitas musicais ou patentes, também podem ser tokenizados.

Tokenização, Blockchain e Smart Contracts

A tecnologia blockchain é a base que torna a tokenização possível. Ela oferece um sistema de registros distribuído e imutável, onde cada transação é validada por múltiplos nós da rede. Isso garante segurança, transparência e descentralização.

Os smart contracts (contratos inteligentes) desempenham um papel essencial nesse processo. Eles são códigos programáveis que executam automaticamente acordos entre as partes quando determinadas condições são atendidas. Por exemplo, um smart contract pode liberar o pagamento de dividendos automaticamente a cada detentor de token, de forma proporcional à sua participação.

Tokenização de ativos e regulamentação

Um dos maiores desafios para a expansão da tokenização é a regulamentação. Embora a tecnologia já esteja consolidada, os marcos legais ainda estão em evolução em muitos países, inclusive no Brasil.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem se posicionado sobre o tema, permitindo que tokens que representem valores mobiliários sejam regulados de forma semelhante a ações e títulos tradicionais. No entanto, para ativos não financeiros, ainda há necessidade de padronização jurídica.

O avanço da Lei das Criptomoedas no Brasil e a atuação do Banco Central e da CVM prometem trazer mais segurança e clareza para investidores e emissores de tokens, impulsionando o mercado de ativos digitais.

Desafios da tokenização

Apesar das inúmeras vantagens, a tokenização ainda enfrenta alguns obstáculos que precisam ser superados:

  • Segurança cibernética: é fundamental proteger as carteiras digitais e as plataformas contra ataques e fraudes.
  • Confiabilidade legal: garantir que os tokens realmente representem os direitos sobre o ativo físico é essencial para evitar disputas.
  • Educação do mercado: muitos investidores e empresas ainda desconhecem o funcionamento e o potencial dessa tecnologia.
  • Infraestrutura tecnológica: a emissão e gestão dos tokens exigem plataformas seguras e interoperáveis.

O futuro da tokenização de ativos

O futuro da tokenização é extremamente promissor. Com o avanço das tecnologias blockchain, das finanças descentralizadas (DeFi) e da Web3, o conceito tende a se expandir para todos os tipos de ativos. A expectativa é que, nos próximos anos, grande parte dos ativos financeiros e até contratos públicos sejam registrados em blockchain.

Empresas e governos estão começando a adotar essa tecnologia para aumentar a eficiência e a transparência. Exemplos incluem títulos públicos tokenizados, programas de fidelidade baseados em blockchain e até projetos de tokenização de crédito de carbono, reforçando o compromisso ambiental e a rastreabilidade das ações sustentáveis.

Conclusão

A tokenização de ativos representa uma verdadeira revolução na forma como o valor é criado, distribuído e negociado. Ela aproxima o mundo físico do digital e democratiza o acesso a oportunidades de investimento antes exclusivas de grandes players do mercado.

Mais do que uma tendência tecnológica, trata-se de um novo paradigma econômico. Profissionais e empresas que compreendem como funciona esse ecossistema têm vantagem competitiva para navegar no futuro das finanças digitais. Nesse contexto, programas como os MBAs da FGV oferecem uma base sólida em inovação, finanças digitais e blockchain, preparando líderes para atuar de forma estratégica nesse novo cenário global.

Strong Business School

Comece investindo em você

Somos uma das instituições de ensino executivo mais premiadas de São Paulo

Com o foco e compromisso com a qualidade, o curso de Administração conquistou em 2014 nota máxima no ENADE (5) e no IGC, que colocou a Strong Business School no primeiro lugar entre as faculdades de Administração do Estado de SP.

O curso de Economia também conquistou a nota máxima no ENADE (5), se tornando o melhor do Estado e o segundo melhor do Brasil. Em 2018, foi a vez do curso de Publicidade e Propaganda atingir a nota máxima e se posicionar como o melhor do país.

Quando pensamos em cursos de Pós-Graduação e MBA, a Strong possui convênio com a Fundação Getulio Vargas. Com isso os alunos contam com a qualidade e o renome da FGV em seu curso, realizando seus cursos aqui nas instalações da Strong.

+255% Salário médio de pós-graduados e MBA comparados com quem tem apenas a graduação.

Pessoas

+40.000 Alunos formados em cursos de graduação, pós-graduação e mba.

Pessoas

150 > A Fundação Getulio Vargas está entre as 150 melhores instituições de ensino superior do mundo. Ranking do The New York Times.

Pessoas

Onde estamos

Unidades Strong Business School

Conheça os cursos e a estrutura desta unidade

Veja mais [+]

Alphaville

Alameda Tocantins, 350, 6º andar - Condomínio West Corp - Alphaville Industrial

(11) 3711-1000
(11) 3995-2460

Abrir no Waze »

Não encontrou uma unidade próxima de você?

Conheça nossos cursos a distância. A mesma qualidade, os mesmos benefícios e você sempre em 1º lugar.

Precisa de ajuda?