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É a hora certa de pedir um aumento salarial?

Blog
30 de março de 2021
pedir um aumento salarial

Quando falamos em aumento salarial o que isso desperta em você? Remuneração? Reconhecimento? Ajuste? São várias nuances que permeiam este tema e cabe a nós profissionais analisar esta questão como uma estratégia corporativa para desenvolvimento e alcance de resultados visando a perenidade do negócio.

Todo crescimento organizacional está ligado ao empenho e desempenho de resultados de seus funcionários. Em meio a um mercado cada dia mais competitivo, cenário desafiador, com incertezas econômicas, políticas e sociais encontrar e manter bons profissionais têm se tornado uma missão difícil para as empresas.  Os profissionais mais capacitados estão sempre em busca de melhores condições de trabalho, por isso, para mantê-los, muitas vezes, o aumento de salário pode ser a solução.

Precisamos diferenciar aumento salarial de reajuste salarial.

Aumento x Reajuste

Um aumento salarial é feito com o objetivo de reconhecimento e desenvolvimento da carreira do profissional ou de um plano de cargos e salários.

Já o reajuste salarial é a forma legal de seguir as diretrizes da legislação trabalhista ou do cumprimento de contrato de prestação de serviços pré-estabelecido.

Agora, reflita: quais as consequências disso?

É importante possuir uma metodologia que seja justa para todos os profissionais da empresa, para que não exista conflitos e problemas com relação ao clima organizacional e impacte a cultura. Caso isso ocorra, impactará muitos dos resultados futuros.

Sugestões

Um bom plano de cargos e salários atrelado a avaliação de desempenho, onde avaliamos as soft skills (competências comportamentais) e as hard skills (competências técnicas). Após o desenho do plano de cargos e da avaliação de desempenho, estruturar um feedback, e um feedforward acompanhado de um PDI – Plano de Desenvolvimento Individual, que deve ser conduzido pelas Lideranças. É um processo que precisa de apoio de vários setores como o RH se a empresa possuir, e por conseguinte, a organização estará munida de diretrizes e métricas para uma gestão de sucesso, com tomada de decisão sólida.

Vale ainda frisar que nesta avaliação de desempenho, uma razão forte para o aumento é o mérito:

  • A equipe apresenta resultados acima da média?
  • Faz alguma ação que gera uma redução de custos ou um importante ganho para a empresa?
  • Traz inovação?

Se sim, é natural reconhecer e manter o time retido. A retenção de talentos é mais um desafio que deve ser monitorado de perto. Não se pode deixar essa estratégia de lado, e não a tratar como prioridade.

Deixo aqui essas reflexões e processos que devem ser pensados e transformados em ações para manutenção, crescimento e longevidade de um negócio.

Aumentar salário é muito mais do que é um aumento financeiro. Muitas vezes, a empresa precisa pensar no que chamamos de “salário emocional” (ações que envolvem pertencimento, endomarketing, sentimento de dono, engajamento, reconhecimento, clima, desenvolvimento).

Estas são palavras-chave para uma boa gestão de pessoas e para uma excelente gestão organizacional.

As consequências de trabalhar estes tópicos e de se decidir aumentar o salário em um cenário como o atual está intimamente ligada a visão estratégica da empresa com relação ao seu futuro e principalmente relacionada à retenção da gestão do conhecimento corporativo e do capital intelectual de seus funcionários/colaboradores.

Jacqueline Christine Rezende Guedes é Mestre em Administração pela FUMEC, MBA em Negócios em Gestão de Pessoas pela UNA, MBA Americano em Inteligência Empresarial pela Ohio University – USA, Negociação Avançada pela Universidade de Harvard – USA,  Pós Graduação em Administração de Empresas pela UNA, Pós Graduação em Docência do Ensino Superior pela FIJ. Especialista em Liderança, comportamento Humano e Comunicação Eficaz, com formação internacional junto a ICC e pela SBC. Assistente Social Pela PUC MINAS. Sua experiência profissional inclui os cargos de Liderança na Fiat Automóveis e Sistema FIEMG.

Já atuou na coordenação de do Núcleo de Relacionamento com o Mercado na FGVBH, Atualmente, é sócia proprietária da SIAS Educação e Consultoria, tendo em seu portfólio prestação de serviços de consultoria e treinamentos em diversas empresas em todo o território nacional nas áreas de liderança, comunicação, negociação, gestão e vendas no varejo em empresas de pequeno, médio e grande porte, como a Telefônica, Vivo, Telemig Celular, OI, Vallourec, Holcim, Belgo, SGM, Grupo Spasso, entre diversas outras. Atuou nos segmentos de Saúde, Eventos, Metalurgia, Siderurgia, Comécio (atacado e varejo), Educação, Logística e Produção. Atua como coach, é professora e palestrante. É professora da Fundação Getulio Vargas nas áreas de Gestão de Pessoas, Negociação, Liderança, Comunicação, Ética e Responsabilidade Social, Gestão de Riscos e Compliance, Negociação e Estratégia de Empresas.

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