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Impactos da pandemia na Gestão Empresarial

Blog
08 de junho de 2021
MBA em Gestão Empresarial

O que é uma gestão empresarial bem executada?

Uma gestão para ser bem executada deve estar centrada em alguns vetores.

Primeiramente pessoas; é preciso ter em qual­ quer setor e organização, pessoas certas, capacitadas e motivadas. É uma das principais bases para a execu­ção: por mais que a empresa seja tecnológica ,são as pessoas que fazem a diferença.

O gestor deve ter a habilidade de extrair de cada colaborador o melhor que ele pode para contribuir com o processo de maneira eficaz, sempre observan­do o seu perfil e suas habilidades. Existem diferentes estilos de gestão, mas o respeito, confiança e empatia devem prevalecer.

O segundo aspecto são os processos que de­ vem estar  adequados e enxutos – desde processos de negócio bem definidos aos processos e atividades operacionais mais rotineiros – todos processos devem produzir qualidade, bom atendimento e servir bem ao cliente interno e externo.

O gestor deve ter o controle das demandas  com as devidas especificações, dos prazos de entrega e res­ponsáveis pela execução, sempre com a preocupação em manter a sinergia.

Cabe a ele municiar  seus cola­boradores com todas as ferramentas – equipamentos, treinamento, apoio moral e logístico – necessários ao desempenho da função de cada um.

O gestor deve se preocupar com a eficiência e a eficácia no atendimento às demandas, de maneira que os resultados sejam pautados pela qualidade, manten­do sempre um bom clima organizacional.

Existem mais fatores, mas sem uma adequada gestão de pessoas e processos, existe o risco de não ter uma adequada gestão.

Com o avanço da pandemia, os modelos de gestão da empresa mudaram?

Sim, com certeza. Desde o começo da pandemia atividades foram afetadas e seus efeitos irão, de al­guma forma, perdurar mesmo após a imunização da humanidade.

O home office afetou a estrutura de gestão de pes­soas nas organizações. Por conta da forma de trabalho remoto, o gestor teve que ser criativo de modo a ficar o mais próximo possível de seus colaboradores, mas não no sentido de controle das ações de cada um, e sim, se colocando como ponto de apoio diante das dificuldades geradas.

A preocupação com os aspectos psicológicos dos colaboradores teve que ser prioriza­da. São inúmeros os casos de depressão, ansiedade, síndrome do pânico, o que literalmente afeta o desempenho dos colaboradores.

Atividades associadas à logística, tiveram forte ruptura – países pararam, pessoas trabalharam em casa, empregos foram descontinuados. Modelos de gestão de operações também tiveram que se reinventar ra­pidamente. O marketing precisou expandir para forma mais digital.

Ou seja, várias atividades de gestão com impacto direto no modelo tradicional foram alteradas.

Quais dicas de gestão são eficazes?

Está se vivendo num mundo cada vez mais ágil. As metodologias associadas às práticas da gestão ágil, como trabalhos em equipe, parcerias desde o desen­volvimento de produtos e serviços entre clientes e fornecedores já são e serão cada vez mais eficazes. Formas de trazer a experiência do cliente para o cen­tro do negócio são altamente eficazes para o impacto positivo no resultado da gestão empresarial.

A valorização dos soft skills deve estar mais pre­sente na seleção e retenção de colaboradores e con­tribui para uma gestão eficaz. O trabalho em equipe e a gestão participativa contribui para que se dê opor­tunidade de todos se manifestarem, fazendo com que se sintam importantes no processo, além do benefício de obter soluções criativas e muitas vezes simples, colocadas por quem efetivamente conhece de perto os processos e os aspectos operacionais do dia a dia. Muitas vezes problemas mais complexos podem ser solucionados através de sugestões vindas por outros pontos de vista, de outras pessoas que não estão di­retamente ligadas ao problema. Desta forma cola­boradores são valorizados e são estabelecidas novas formas de relacionamento e confiança.

Os mode­los de gestão irão sofrer muitas alterações no mundo pós-pandemia?

Muitos fatores da gestão empresarial já estão em mudança. A inteligência artificial na tomada de deci­sões atrelada ao uso de novas tecnologias contribuirá de forma impactante na gestão nos próximos anos.

Por sua vez, as relações de trabalho estabelecidas na fase de pandemia irão perdurar. Novos paradig­mas foram assumidos e não há como retroceder. As relações sociais sofreram alterações e certamente as empresas irão se se adaptar a esta nova realidade, no mundo pós-pandemia.

De qualquer forma, independente da intensidade, alguns fundamentos continuarão a ser vitais para o sucesso organizacional. Dentre eles destacam-se: a visão sistêmica internalizada nas organizações, a bus­ca constante de novos patamares de competência, a existência de verdadeiras lideranças transformadoras, o compromisso em entender e superar os interesses de todos os stakeholders, a capacidade da empresa em ser flexível e ágil perante as circunstâncias, a pre­ocupação com o crescimento e desenvolvimento de forma sustentável, as decisões baseadas numa visão por processos e, finalmente, como não poderia deixar de ser citado, a efetiva geração de valor, num sentido amplo, para todas as partes interessadas – clientes, fornecedores, acionistas, sociedade e funcionários.

Os desafios continuarão grandes, exigindo pessoas bem preparadas, líderes capazes, processos bem deli­neados de forma lean, times ágeis e bons indicadores para controle da gestão devem ser constantemente desenvolvidos, implementados, monitorados e reava­liados.

Devido a suas constantes mudanças, o mundo empresarial tem exigido e buscado profissionais com­petentes, hábeis em gerenciar diferentes áreas e com uma visão estratégica, holística e multidisciplinar para enfrentar os desafios.

Essa busca de profissionais de gabarito tem impul­sionado cada vez mais os executivos a procurarem, em Programas de Educação Continuada, o conteúdo e conhecimento  para assim atender às necessidades do mercado.

Desta forma, para suprir essa demanda, a Fundação Getulio Vargas ofe­rece o MBA em Gestão Empresarial, que aborda uma multiplicidade de conceitos e práticas, essenciais para a formação de líderes executivos que buscam agir e intervir no mundo dos negócios, cada vez mais glo­balizado e competitivo.

O programa se destina a Empresários, Direto­res, Gerentes, Executivos, Profissionais, Líde­res e Gestores que têm ou aspirem a responsabilidade de gerir um negócio ou área e que desejam se instrumentalizar nas diversas áreas do conhecimento da administração para assumirem posições de desta ­ que nas organizações.

O programa MBA em Gestão Empresarial supre esta demanda, na medida em que é o curso de maior aceitação e reconhecimento pelo mercado, estando presente em todas as unidades da FGV pelo país, sendo considerado o programa “líder na for­mação de líderes” da FGV.

Sobre o autor:

Isnard Marshall é professor e coordenador do curso de MBA em Gestão Empresarial da Strong FGV. Também é professor pesquisador da Strong Business School e Coordenador e autor dos livros da série FGV Publicações Doutor em Engenharia Química pela Escola de Química – UFRJ / RJ, Mestre em Engenharia de Produção pela COPPE / RJ, Especialista em Administração pela PUC / RJ e Administrador de Empresas pela EBAPE – FGV / RJ. Participou de diversos cursos de aperfeiçoamento e atualização no exterior, destacando-se:

Brazilian Program for Quality Management promovido pela AOTS / JUSE (Yokohama, Japão – 1991), Business Seminar pela Ohio University (Athens, EUA – 2002), Business and Management for International Professionals pela University of California (Irvine, EUA – 2003 a 2007, 2009, 2010, 2012, 2013 e 2014), Conducting Business in a Changing World pela University of Tampa (2011), Public Policy, Finance and Investment Strategies pela University of Chicago (2011) e International Program in Business pela University of Miami (2012).

Texto originalmente publicado na Revista Estudos e Negócios, edição nº 30.

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