Professor da Strong Business School projeta como será a Black Friday desse ano.
A seca que assola a região amazônica, a mais grave em 120 anos, é um triste reflexo das mudanças climáticas globais, representando uma verdadeira catástrofe ambiental com impactos significativos nas comunidades locais e em todo o país. Agora, essa seca na região norte do Brasil está se mostrando uma ameaça direta às vendas da próxima Black Friday, agendada para o final de outubro, de acordo com a variação do renomado professor Ulysses Reis, da respeitável Strong Business School.
Ulysses Reis, um especialista com quatro décadas de experiência no varejo de grandes empresas brasileiras, esclarece que o escoamento dos produtos está sendo gravemente prejudicado pelas secas dos rios da Amazonia, impactando diretamente a cadeia de suprimentos e logística das empresas, que montam seus produtos finais a ZFM (Zona Fraca de Manaus). Esta característica natural está lançando uma sombra sobre as expectativas de consumidores e empresas para a Black Friday deste ano.
Essa conjuntura desafia representa um dilema para os varejistas, pois a escassez de água nos rios está dificultando o transporte eficiente dos produtos da região afetada para os centros urbanos, onde a demanda por eletrônicos, linha Branca (geladeira, fogão, máquina de lavar, micro-ondas e ar-condicionado etc.) e outros itens costuma atingir seu pico durante a Black Friday.
A ZFM é responsável pela produção final de 8% a 20% do faturamento nacional de produtos das como os da Linha Branca (geladeira, fogão, máquina de lavar, micro-ondas e ar-condicionado etc.) e da chamada Linha Marrom (designação internacional para identificar os aparelhos eletrônicos de uso doméstico, para informação e entretenimento, como TVs e equipamentos de áudio e vídeo), bem como: fritadeiras, forno-elétricos etc. Também produtos de alta tecnologia: smartphones, notebooks etc.
O professor alerta que a falta de disponibilidade desses produtos pode não apenas desapontar os consumidores, mas também levar a um aumento nos preços devido à concorrência por produtos limitados.
Ulysses Reais afirma que além das preocupações ambientais e humanitárias, essa seca prolongada está lançando um desafio adicional para a economia e o comércio brasileiro, exigindo soluções inovadoras por parte das empresas e uma evolução eficaz entre os setores público e privado para minimizar os impactos negativos nas vendas da Black Friday e na satisfação dos consumidores.
A Zona Franca de Manaus (ZFM) é uma área de livre comércio no Brasil que oferece benefícios fiscais para a produção. A atual seca agravou problemas no transporte dos produtos montados na ZFM. Em termos logísticos: o escoamento através dos rios levava em média 5 dias aumentou para até 25 dias. As demais opções de escoamento: terrestre ou aéreo também aumentam o Custo Logístico.
Essa situação pode afetar a Black Friday no Brasil de várias maneiras:
– Atraso nas entregas: Com o aumento no tempo de transporte, os produtos da ZFM podem não chegar a tempo para a Black Friday. Isso pode frustrar os consumidores que esperam aproveitar descontos e ofertas especiais durante esse período.
– Esquema de produtos: Se os produtos da ZFM não puderem ser entregues a tempo, pode haver escassez de itens populares, como smart TVs, notebooks e computadores, durante a Black Friday. Isso pode levar a uma competição mais acirrada pelos produtos disponíveis, resultando em preços mais altos.
– Preços mais altos: A escassez de produtos pode levar os varejistas a aumentarem os preços, aproveitando a demanda durante a Black Friday. Isso pode fazer com que os consumidores paguem mais por esses produtos do que o esperado.
– Desapontamento dos consumidores: Os consumidores que esperavam aproveitar as ofertas da Black Friday podem ficar desapontados se não encontrarem os produtos que desejam ou se os preços estiverem muito altos. Isso pode afetar a satisfação do cliente e a confiança das empresas.
Muitos varejistas já haviam antecipado suas compras da ZFM, já contam inclusive com estoques disponíveis. Para mitigar esses problemas, as empresas consideram medidas como encomendar produtos com antecedência, oferecer alternativas em caso de escassez e comunicar claramente aos clientes sobre os possíveis atrasos e alterações nos preços. Além disso, as autoridades e empresas envolvidas na ZFM podem procurar soluções de logística para acelerar o transporte de produtos da região, minimizando os impactos na Black Friday e nas vendas de final de ano.
Sobre a Strong Business School – faculdade negócios com mais de 25 anos de mercado, e 4 unidades na grande São Paulo. Também somos conveniada da FGV para cursos de MBA e Pós-Graduação, incluindo em cursos na área de Logística e Operações. Nos nossos quadros há professores PHDs, pesquisadores internacionais, centros de estatística e convênios com as maiores universidades da Europa e Estados Unidos.