Abrir capital na Bolsa de Valores pode ser diferencial para pequenas e médias empresas

O número de empreendedores, no Brasil, cresceu 44% nos últimos dez anos, conforme resultados recentes de uma pesquisa da Endeavor, organização internacional sem fins lucrativos que promove o empreendedorismo de alto impacto. O levantamento apontou que o mercado brasileiro é promissor, nos próximos cinco anos, para quem pretende ter o próprio negócio.

O próspero ambiente econômico para o empreendedor no Brasil, especialmente na região do ABC paulista, foi debatido na palestra Empreendedorismo e Governança Corporativa pelo especialista e professor da Fundação Getulio Vargas, Carlos Alberto Di Agustini. O encontro aconteceu na noite de sexta-feira (22/3), e encerrou a 1ª Semana FGV Management promovida pela unidade Santo André da STRONG.

Entre os assuntos abordados estavam os riscos e as oportunidades para executivos e empresários, diante da nova realidade econômica que se apresenta com juros baixos. Isso porque, segundo Agustini, uma das maiores dificuldades do brasileiro investir em um negócio é a falta de recursos financeiros.

Segundo ele, uma possibilidade que está em discussão entre o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e empresários e acionistas, consiste na participação das pequenas e médias empresas na Bolsa de Valores. O objetivo é que os novos donos tenham acesso a mais uma fonte de financiamento nos negócios.

“O primeiro passo para entrar na Bolsa é romper uma barreira cultural que separa os microempresários da Instituição. Porque a empresa que tem ações na Bolsa passa a ter muitos donos e vários sócios, o que traz uma série de obrigações, mas também vantagens como ter dinheiro para investir no negócio”, explica o professor. Depois, é importante ele se preocupar com demonstrações financeiras e como captar recursos.