Os resultados conquistados pela Metodologia Ágil fazem com que muitas empresas mais tradicionais busquem se adaptar. De acordo com o coordenador acadêmico do MBA em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação da STRONG FGV em Osasco e Alphaville, André Barcaui, o processo leva tempo e pode ser doloroso, mas existem caminhos.
“No Brasil ficou muito popular a metodologia híbrida, que combina práticas ágeis com outros métodos mais tradicionais”, conta Barcaui. Ele comenta que uma mudança de cultura é difícil, mas possível desde que seja feito em pequenos passos.
Devido à natureza do ser humano ser contra mudanças de comportamento, empresas mais antigas podem ter dificuldade em aceitar o choque cultural que uma Metodologia Ágil pode trazer. “De acordo com a mentalidade ágil a equipe é que deve decidir o que fazer, porque a equipe é que tem a técnica e domina o assunto, você começa a ferir a estrutura de poder da organização”, explica o professor. “Quando você dá poder à equipe, o papel do gestor fica questionado. ”
Barcaui aponta a importância de que existam pessoas em posições elevadas na hierarquia compromissadas com a Metodologia Ágil para que a mudança ocorra. “É preciso ter alguém na empresa que patrocine essa ideia. E obviamente que as pessoas sejam treinadas para esse tipo de mentalidade. E algumas ferramentas também ajudam bastante nesse processo. ”
Ele também cita a facilidade da área de Tecnologia da Informação para se adaptar à métodos mais ágeis. “Essa área muda com muita frequência, o profissional do TI questiona muito o status quo. A todo tempo surgem novas linguagens, novas tecnologias. ”
Gerações mais novas
O professor André Barcaui avalia como positiva a entrada de jovens em cargos de gestão. “A geração Y leva muito enraizada essa questão do trabalho em equipe e está muito bem contextualizada com a tecnologia”, explica.
Ele também ressalta para a diversidade como outro fator importante. “A mentalidade ágil se sustenta na inovação, e para se ter inovação é necessário ter diversidade”, conta o coordenador do MBA. “A diversidade gera valor econômico para a empresa. ”
