Muito se ouve falar sobre como se tornar um bom gestor, nas qualidades que são necessárias e o que elas agregam à uma organização. Mas não se fala tanto sobre os casos contrários: sobre os gestores ruins e de que formas eles podem prejudicar a empresa.
Saber identificar quando se está sendo um mau gestor é crucial – é improvável que alguém busque se aprimorar sem antes reconhecer que possui defeitos.
O professor e coordenador do MBA em Gestão Empresarial da STRONG FGV, Isnard Marshall, separou algumas características negativas que não agregam valor à empresa, aos colaboradores e nem ao próprio gestor:
- Atua como “Gerente” sem ser líder.
- Prioriza estilo autocrático.
- Tem baixa empatia
- É impositivo em suas opiniões
- Tem perfil centralizador
- Promove “distância” com colaboradores e as vezes até dos clientes!
- Tem dificuldade de aprender a lidar com pessoas e grupos.
- Não tem comprometimento com a equipe
- Não exerce liderança autêntica com a equipe
- Depende de controle e não da inspiração da confiança.
- Deficiente em soft skills
- Transmite para a equipe uma personalidade fraca e/ou polêmica;
- Prioriza sistemas e estruturas e não pessoas.
- Tem visão de curto prazo.
- Tem perfil essencialmente técnico
- Incapaz de avaliar e julgar situações de forma adequada.
- Carece de habilidade reflexiva e de flexibilidade.
- Estabelece e executa ações desalinhadas da estratégia
- É inseguro
- Tem medo de assumir riscos calculados;
- Não inova;
“A falta de visão de onde se quer levar a organização e que futuro quer construir juntamente com seus colaboradores representam problemas no dia a dia da gestão empresarial”, complementa o professor. Esta visão deve estar em sintonia com a missão, visão e valores da empresa.
Um gestor mal preparado pode trazer uma série de problemas para as empresas como, por exemplo, resultados insatisfatórios de um modo geral com objetivos não atingidos, desmotivação na equipe e perda de talentos.
Consequências poderão até ser agravadas se o gestor não assume suas falhas, não desenvolve a equipe, ou até mesmo sacrifica o resultado da equipe em prol de resultados particulares causando mais mal-estar entre os colegas.
Dentre as diversas posturas inadequadas de um gestor, podem ser listadas as seguintes:
- Equivocar-se na escolha e definição das prioridades
- Perder o foco, alocando recursos no momento e nas ações erradas;
- Colocar pressão exacerbada sobre as equipes, sem explicar o porquê e a importância de determinado esforço;
- Não se posicionar diante de situações complexas (ficar “em cima do muro”)
- Evitar diálogos com a equipe, fazendo do cargo, uma “redoma protetora”;
- Não saber delegar e dar feedback;
- Não realizar avaliações de desempenho construtivas;
- Não assumir responsabilidades, colocando sempre a “culpa” nos outros;
- Atuar de forma reativa ao invés de preventiva e proativa
- Não planejar e não ter método de trabalho
- Não acompanhar e nem medir resultados;
- Não desenvolver a autocrítica para melhorar
- Focar no que sabe e não no que é preciso ser feito
- Apresentar miopia externa, sem visão de cenários estratégicos
- Enfatizar resultados imediatos e somente em algumas áreas
Se você notar que se encaixa em alguns dos defeitos citados pelo professor, é hora de repensar em suas atitudes e passar a tentar algumas mudanças. Esse comportamento acaba sendo tóxico para os seus colaboradores e cria um ambiente de trabalho hostil, bem menos produtivo do que poderia ser.
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