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Qualidade de ensino x “ensino barato”: é possível aliar os dois?

Blog
02 de maio de 2022

Quando se pensa em escolaridade, curso superior, curso técnico ou pós-graduação, uma expressão logo vem à mente: a qualidade de ensino. Afinal, nos últimos anos a quantidade de novos cursos, novas carreiras e novas instituições de ensino explodiu no Brasil. 

Mas, será que um ensino de qualidade precisa custar caro? E como saber se há qualidade de ensino no curso que você está interessado? São sobre estas questões que falaremos, confira! 

O que é qualidade de ensino? 

Qualidade de ensino está relacionado ao conteúdo ministrado por instituições de ensino. De fato, esse conteúdo deve ser adaptado à realidade do país, como também da sociedade atual. 

Dentre os fatores que devem ser considerados ao avaliar a qualidade de ensino de uma instituição estão: 

  1. Metodologia aplicada; 
  2. Recursos físicos adequados à aprendizagem; 
  3. Currículo e competência dos professores; 
  4. Boa administração e equipe competente; 
  5. Avaliações por instituições; 
  6. Resultado de egressos. 

Vamos falar com mais detalhes de cada um desses itens. 

Como identificar que uma instituição possui qualidade no ensino?

Existem alguns aspectos que devem ser observados na hora de escolher a instituição de ensino para seguir com seus estudos. Veja os principais a seguir.

  1. Metodologia aplicada 

Atualmente, simplesmente ficar horas e horas falando sobre um determinado tema e escrevendo na lousa não consegue mais focar a atenção dos alunos. 

Com a evolução não somente da tecnologia, mas também dos estudos relacionados ao ensino, novas metodologias vêm sendo aplicadas nas mais variadas salas de aula. 

Assim, a utilização de modelos computacionais, design com auxílio do computador, aprendizagem experimental, bem como teoria de inteligências múltiplas são algumas das metodologias inovadoras utilizadas por diversas instituições. 

É importante que a instituição ofereça variadas metodologias, afinal, cada aluno é diferente do outro e assim, a instituição consegue abranger diferentes formas de transmitir o conteúdo. 

  1. Recursos físicos adequados à aprendizagem 

Existem determinados cursos, tanto de graduação como de pós-graduação, que necessitam de uma estrutura física específica. Por exemplo, cursos de Odontologia e Medicina Veterinária necessitam de clínicas apropriadas. 

Já cursos de Medicina necessitam também de clínicas como laboratórios de anatomia e patologia, dentre tantos outros. 

Ou seja, é importante que a instituição ofereça ao aluno recursos físicos adequados à sua aprendizagem, pois o aluno só vai conseguir fixar o conteúdo na prática. 

  1. Currículo e competência dos professores

É essencial observar o corpo docente da instituição em que se pretende cursar uma graduação ou pós-graduação. Há, de fato, exigências mínimas para a aprovação de um curso. 

Por exemplo, para um curso de mestrado, é essencial que o corpo docente seja composto por doutores, ou seja, profissionais com doutorado. 

Já para um curso de graduação, professores com mestrado é o mínimo exigido, mas se o corpo docente for formado por doutores, melhor ainda. 

Além disso, é necessário que os professores tenham competência nas matérias que pretendem lecionar. Experiência em empresas, no caso de cursos de administração, por exemplo, ou em bancos, para cursos de economia e finanças, são diferenciais. 

Além disso, é importante analisar se a instituição de ensino possui certificações de excelência de ensino ou que se referem à sua qualidade, como: 

  • Parceria com Google Education;
  • Certificação de qualidade no ensino FGV;
  • Nota máxima no ENADE;
  • Premiação no Guia de Faculdades do Ensino. 

Tais certificações referem-se à Strong, que é uma instituição de ensino que busca promover um ensino de excelência em todos os cursos oferecidos. 

  1. Boa administração e equipe competente 

Quando se é aluno de uma instituição, você terá contato com a área administrativa. Portanto, os profissionais que nessa área trabalham precisam ser competentes

Dessa forma, se você tiver um problema e precisar faltar em uma avaliação, você conseguirá facilmente resolver a questão. 

Além disso, cursos privados necessitam de profissionais que saibam como lidar com as questões financeiras do curso. 

  1. Avaliações por instituições

O Ministério da Educação (MEC) é o órgão responsável no país pela avaliação dos cursos de graduação. Assim, quando uma instituição pede para se abrir um curso de graduação, é necessário solicitar a autorização do MEC. 

Com esse processo, 2 avaliadores são sorteados, do Banco Nacional de Avaliadores, para que seja feita a avaliação do curso. 

Na verdade, existem 3 tipos de avaliação de cursos feitas pelo MEC: autorização para criação de um novo curso, reconhecimento de um novo curso (com a primeira turma na metade do curso) e renovação do reconhecimento, a cada 3 anos. 

Assim, se estabelece o Conceito Preliminar do Curso, que com o ENADE, constitui-se de subsídio para os indicadores da qualidade de ensino em um curso de graduação. 

Cursos de pós-graduação 

Já em relação a uma pós-graduação stricto sensu, como mestrado e doutorado, a avaliação é feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Essa avaliação resulta em cursos recomendados pela CAPES (de mestrado, com notas de 3 a 5 e de doutorado, até a nota máxima, 7). 

Cursos com notas inferiores a 3 são reavaliados e é recomendado seu fechamento. 

E por último, MBAs, além de serem também avaliados pelo MEC, são avaliados pela Associação Nacional de MBA (ANAMBA), a qual analisa critérios como carga horária, titulação e qualificação do corpo docente. Dessa forma, o curso pode ser classificado como “padrão Brasil” ou “padrão global”.  

Cursos “padrão global” seguem critérios internacionais de qualidade, têm carga horária maior e 75% do corpo docente atuando no mercado de trabalho. MBAs “padrão Brasil” têm carga horária menor, não exigem do aluno experiência profissional prévia nem que o corpo docente esteja no mercado de trabalho. 

  1. Resultados de egressos 

Uma questão importante é pesquisar onde os egressos daquele curso estão atualmente. Com o curso, os egressos conseguiram melhores oportunidades de trabalho? Tiveram suas carreiras alavancadas? 

Busque por grupos de pessoas formadas do curso que você tem interesse e veja qual foi o impacto daquele curso na vida dos egressos. 

Por que a qualidade de ensino é importante para a formação profissional?

De nada adianta um profissional sem formação qualificada tentando adentrar concorridas áreas no mercado de trabalho. Atualmente, a concorrência pelas melhores vagas e melhores oportunidades está bem grande. 

Por isso, ter diferenciais no currículo é essencial para que você consiga concorrer às melhores oportunidades no mercado de trabalho. 

Assim, quando se opta por uma instituição com elevado ensino de qualidade, quem está a procura de um bom profissional saberá que você teve uma formação com qualidade. 

Por isso, profissionais que têm cursos de instituições gabaritadas não ficam muito tempo sem emprego no mercado. De fato, há inclusive “briga” entre diferentes empresas para contratação desses profissionais. 

Dessa forma, é importante avaliar a qualidade de ensino da instituição que você pretende cursar, para manter suas chances altas no mercado de trabalho atual.


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