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11 de setembro de 2020

Você sabe o que é gestão empresarial?

A gestão empresarial é um conceito importantíssimo para qualquer gestor, independente da área de atuação. É um campo amplo que inclui diferentes funções, situações profissionais e oportunidades de crescimento.

Em termos mais simples, a gestão empresarial é o trabalho de administrar os recursos, o tempo e as pessoas de uma organização.

Os profissionais de gestão empresarial trabalham para se assegurar de que empresas e organizações são administradas de forma efetiva, eficiente e lucrativa.

É uma questão de saber balancear as coisas, o que requer conhecimentos e habilidades em uma vasta gama de assuntos.

Trabalhar com gestão empresarial requer não só habilidade em matemática para contas, mas também soft skills como técnicas de comunicação, de persuasão, formas de dar feedback, técnicas de negociação e de apresentação, para que as informações sejam passadas de forma efetiva.

Como se tornar um gestor bem preparado?

São muitos os atributos que os gestores devem possuir para fazer frente aos desafios deste milênio. “Conhecer o propósito de suas ações tornarão o gestor um profissional diferenciado no mercado, destacando e gerando maior visibilidade em suas atitudes”, diz o professor e coordenador do MBA em Gestão Empresarial na STRONG FGV, Isnard Marshall.

O professor Isnard cita as principais qualidades que fazem um bom gestor:

  • É líder;
  • Possui estilo empreendedor.
  • Possui inteligência emocional.
  • Ouve na essência, tem respeito e empatia.
  • Evita qualquer tipo de julgamento.
  • Aceita os erros honestos, ressignificando- os.
  • Compreende as diferenças comportamentais.
  • É flexível e congruente.
  • Oferece feedback constante e positivo.
  • Planeja as atividades com ações estratégicas.
  • Conhece a sua equipe.
  • É automotivado e aprende ativamente.
  • Desenvolve e potencializa competências dos liderados.
  • Acompanha seus liderados em seu desenvolvimento.

Uma das essências fundamentais do bom gestor é saber que o desenvolvimento de suas competências o ajudará a se colocar de maneira mais clara no dia a dia, deixando transparecer efetivamente suas qualidades de bom gestor.

A gestão empresarial eficaz, em muitos casos, é composta por conhecimentos multidisciplinares. O gestor deve ter conhecimentos básicos em contabilidade, finanças, recursos humanos, marketing e até mesmo em tecnologia da informação – embora em muitos casos existam gestor com especialização em cada uma das áreas citadas acima.

Vale ressaltar também que os administradores de sucesso também sabem se comunicar de forma concisa e eloquente. É importante que o gestor saiba trabalhar em equipe e saiba como administrar situações adversas com seus colaboradores.

Parte crucial do processo de gestão é de liderar por exemplo e fazer com que sua equipe tenha total confiança em você durante qualquer atividade profissional que venham a fazer.

De acordo com o professor Isnard, hoje, mais do que nunca, um gestor competente e produtivo, necessita ter, obrigatoriamente, uma visão holística de todas as áreas da organização em que vive.

“A visão antiga, departamental, feudal onde ‘vou fazer o que interessa para minha área, otimizando-a’ está totalmente superada, e totalmente inadequada, em função do ambiente hipercompetitivo que se vive. Otimizar o desempenho de uma área não contribui necessariamente para otimizar o resultado do ‘todo’. A visão sistêmica e multidisciplinar deve prevalecer”, explica.

Quanto mais conhecimento, maior será sua percepção sobre tendências e cenários. Ser um indivíduo multidisciplinar é o que permite transitar entre áreas e fazer valer o ditado “pensar fora da caixa”. Possuir vários conhecimentos ampliam o horizonte corporativo, permitindo que as tomadas de decisões sejam mais assertivas, minimizando dessa maneira riscos desnecessários.

Sem o conhecimento do “modus operandi” de cada área, ficará muito mais difícil construir e manter o alinhamento entre as equipes sob seu comando. Obviamente, que o gestor irá focar esforço e recursos, para atender os KPIs (Key Performance Indicators) pelo quais é medido, porém, deve ter uma visão bem acurada e ampla dos impactos da sua função nas outras áreas, e vice-versa. Uma organização é como o corpo humano -todos as áreas, cada uma com suas especificidades contribuem para o perfeito funcionamento do todo (ou não..)

Qual a importância da gestão empresarial?

São muitos os benefícios da gestão empresarial na sua companhia. É por este meio que o gestor irá criar e executar planos sobre a forma correta de utilizar e otimizar os recursos que estão disponíveis para a operação de uma organização. Também concede efetividade aos esforços das pessoas que compõem tal organização e permite um crescimento sustentável das mesmas.

A gestão empresarial gera informações relevantes sobre como lidar da forma correta com os recursos da empresa, principalmente com os recursos humanos, que são um elemento indispensável em qualquer organização e que devem ser cuidadosamente administrados devido ao seu impacto nos resultados e também para minimizar os riscos de migração para outras organizações.

A gestão empresarial é importante também porque reduz os custos operacionais da organização e ao fazer um planejamento estratégico, o gestor também elabora informações importantes sobre possíveis mudanças que vão melhorar a operação dessas organizações.

Os tipos de gestão empresarial

Existem alguns métodos de gestão empresarial que se tornaram mais conhecidos. É importante estudar e conhecê-los para saber qual se encaixa melhor na conjuntura da organização.

Cadeia de Valor: A Cadeia de Valor foi um método desenvolvido em 1985 por Michael Porter. É uma combinação dos sistemas que uma companhia ou organização usa para obter lucro. É composta por vários subsistemas usados para criar produtos ou serviços, incluindo o processo do início ao fim.

Com a Gestão por Cadeia de Valor, você poderá compreender as expectativas dos clientes e traçar estratégias para superá-las. O autor separa a metodologia em cinco pilares: A logística inbound (isto é, aquela que abrange os suprimentos adquiridos de fornecedores, como matéria prima, ferramentas ou materiais de escritório), o operacional, a logística outbound (referente ao produto final), marketing e vendas, e por fim, o pilar de serviços.

No âmbito geral, este tipo de análise foi pensado para empresas que manufaturam bens de consumo, mas qualquer organização pode usar a análise de Cadeia de Valor de Porter, mesmo sem ter todos os componentes citados.

Ciclo de Inovação: Como o próprio nome diz, esse tipo de gestão empresarial é referente à inovação da empresa, ou seja, a criação de um novo serviço. O ciclo de inovação é dividido em quatro fases: experimental, disruptiva, combinatória e incremental.

Na fase experimental são debatidas as ideias, algo mais livre, como um brainstorm. Depois vem a fase disruptiva, onde algumas ideias amadurecem e outras são descartadas. A seguir, na fase combinatória, são selecionadas as ideias mais viáveis, muitas vezes combinadas para chegar a algo mais benéfico para a organização. E por fim, o ciclo de inovação termina com a fase incremental, na qual a ideia é consolidada.

PDCA: Também chamado de Ciclo de Deming, ciclo de Shewhart, círculo/ciclo de controle, ou PDSA (plan-do-study-act), é um modelo de evolução contínua da qualidade que consiste de uma sequência lógica de quatro passos repetitivos para o aprendizado e desenvolvimento contínuo.

A sigla, em inglês, se refere à Plan (Planejar), Do (Fazer), Check (Checar) e Act (Agir). Ou seja, os passos consistem em planejar a mudança, analisando e fazendo uma estimativa dos resultados; executar o plano paulatinamente em circunstâncias controladas, checar e estudar os resultados e tomar atitudes para padronizar ou melhorar o processo.

Gestão democrática: Este modelo de gestão requer que o líder tenha uma excelente capacidade de comunicação e saiba trabalhar em grupo. Toda a equipe é encarregada da tomada de decisão, o que tem como pontos positivos a troca de conhecimento e reflete em uma sensação de importância para todos os colaboradores.

Por outro lado, esse modelo pode se tornar um obstáculo em situações que requerem uma tomada de decisão imediata ou ainda se tornar improdutivo para resoluções mais simples, que normalmente consumiriam menos tempo.

Gestão meritocrática: Na gestão meritocrática, é favorecido o funcionário que mais se destaca. A hierarquia é baseada em resultados, o que combate o comodismo e incentiva o aperfeiçoamento da performance dos colaboradores.

O único problema é quando a situação acaba escalando e o ambiente de trabalho se torna excessivamente competitivo ao ponto de se tornar tóxico, e o foco nos resultados que sejam melhores para a organização se perca em meio à busca pelo melhor resultado individual.

Gestão centralizadora: Como o nome sugere, este modelo foca a tomada de decisões na figura do gestor. Este modelo vem se tornando menos comum nos últimos tempos justamente por conta da posição autoritária em que se coloca o líder. Seu uso mais frequente é na liderança de equipes inexperientes, com as quais o gestor deve tomar as rédeas da situação por ter mais conhecimento.

As principais críticas em relação a esse tipo de modelo é que nem sempre os gestores são capacitados o suficiente para ocupar uma posição tão centralizadora.

A escolha de uma técnica de gestão depende muito da situação de cada organização, do perfil do gestor e de seus colaboradores. A única técnica que pode certamente evitar os riscos é o conhecimento.

Como aplicar a gestão empresarial?

Primeiramente o gestor deve estar alinhado com a cultura da empresa, ser um exemplo de resultados excepcionais, estar comprometido com mudanças que sejam necessárias e que pratique os valores da organização.

Além disso, ele precisa estar consciente e sensibilizado quanto ao seu papel como gestor e exemplo profissional e de pessoa, pois líderes são considerados exemplos de atuação e difusão da cultura organizacional.

E para que um gestor possa ser um referencial, ou melhor, um exemplo a ser admirado pelas pessoas, ele precisa também exercer o papel de líder. Ele precisa quebrar suas próprias resistências, conhecer seu ambiente, mudar sua mentalidade, desenvolver novos valores, fortalecer crenças mais adequadas e estar capacitado para desempenhar um papel transformador no momento de transição e de mudanças que as empresas enfrentam. 

Será necessário ao gestor no papel de líder lidar com situações de instabilidade, ter equilíbrio mental e emocional e que não se perca no “caos”, não se assustando diante dos desafios, e que tenha a capacidade de resolver problemas em conjunto e administrar os conflitos de decisões até já compartilhadas.

Precisará ter senso crítico e ter o autoconhecimento como uma prática constante, além de estar com a mente aberta e livre para entender, analisar, aceitar o cenário que se apresenta em seu entorno.

Caberá também a ele conduzir as pessoas a participarem de forma ativa e entusiástica, e entender a vantagem do processo decisório participativo e negociado com as pessoas e equipes, legitimando assim o papel de líder que lhe foi confiado e conquistado de acordo com sua postura no desempenho do papel que lhe coube.      

O gestor líder é alguém capaz de desenvolver uma cultura baseada em princípios e bons exemplos. Nada fácil de ser realizado se o mesmo não tiver visão, coragem e humildade para ouvir, aprender e crescer constantemente.

E esse processo de aprendizado somente ocorrerá se o mesmo estiver aberto a avaliar o que deu certo ou errado e absorver as lições aprendidas. Deve ainda estar presente a aprendizagem de uma liderança educadora, para alavancar os potenciais das pessoas e da equipe, no sentido de criar ambiente para a geração das melhores ideias, projetos e realizações para o crescimento da empresa e das pessoas.

Mesclado a tudo isso, é de fundamental importância a capacitação do gestor em termos de conhecimentos técnicos, ferramentas e métodos de gestão para desenvolvimento de suas atividades. São os chamados hard skills.

Deve a empresa procurar ouvir seus clientes e a sociedade procurando estabelecer estratégias e planos de modo a atender seus stakeholders. Por sua vez, estas estratégias e planos são executados pelas pessoas – executivos, líderes e gestores que foram devidamente capacitados nas melhores ferramentas e práticas de gestão e seguem processos estabelecidos em todas as áreas de conhecimento – finanças, marketing, operações, qualidade, projetos, controladoria, segurança, direito, recursos humanos, TI, produção…

A execução destes processos deve ser continuamente medida e avaliada pelos gestores no sentido de não só garantir que as operações estão sob controle, mas também para propiciar o estabelecimento de novas metas e patamares de resultados, visando levar a empresa a novos níveis de competividade.

Como se aperfeiçoar?

Não existe uma única resposta ou resposta simples, pois depende da empresa, do gestor e do seu nível de amadurecimento e desenvolvimento pessoal. Mas é sabido que nos tempos atuais, gerenciar uma empresa é gerenciar mudanças, estar sistematicamente preparado ou se preparando para enfrentar a velocidade e complexidade das mudanças, alterações de rumo, crises que ocorrem de tempos em tempos – como foi a crise de 2008 e agora a da Covid-19 – que estão afetando drasticamente os negócios em todo o mundo.

O aperfeiçoamento da gestão empresarial passa por compreender adequadamente o mercado, atender as expectativas dos clientes, consumidores e stakeholders, “sair na frente” e garantir um rumo para a empresa em meio a tantos desafios.

Assim, uma constante revisão dos comportamentos e atitudes gerenciais precisam ser pensadas e repensadas de forma a preparar as pessoas e organizações para os constantes desafios que são impostos pelo mercado.

Neste contexto, vem ganhando relevância além da capacitação profissional do gestores, líderes e executivos, o desenvolvimento das soft skills, ou seja, das habilidades comportamentais – tais como: comunicação, gestão do tempo, capacidade de solucionar problemas, flexibilidade e adaptabilidade, lidar com pressão, trabalho em equipe, autoconfiança, capacidade de suportar crítica, atitude positiva, dentre outras.

Por sua vez, a capacitação profissional é de absoluta importância. O gestor deve sempre procurar ampliar o leque de conhecimentos sobre gestão empresarial.

“Entender que a multidisciplinaridade de conhecimentos sempre foi, e continuará sendo, preponderante para o desenvolvimento profissional e para gestão das empresas. Deve o gestor procurar atingir, constantemente, novos níveis de conhecimento e certificações acadêmicas, buscando literatura técnica e participando de cursos, MBAs, treinamentos, congressos e eventos técnicos com objetivo de estar mais preparado para o dia a dia empresarial”, afirma o professor Isnard Marshall.

O MBA em Gestão Empresarial da STRONG FGV tem como proposta oferecer ao executivo uma grade de matérias relacionadas a diversas funções do gestor.

Tem como alguns de seus objetivos:

  • Desenvolver a visão estratégica do participante;
  • Apresentar e discutir as principais ferramentas e métodos de gestão que são utilizados pelas organizações;
  • Oferecer instrumentais e práticas, que contribuam para o processo decisório;
  • Desenvolver visão crítica gerencial para melhor condução dos negócios
  • Desenvolver diversas habilidades pessoais, dentre elas as de comunicação, planejamento, liderança e desenvolvimento de equipes.
  • Desenvolver a capacidade empreendedora do aluno /participante com a discussão e elaboração de um Plano de Negócios empresarial
  • Contribuir para o aumento da capacidade empresarial do participante bem como para a competitividade das organizações de que fazem parte.

O MBA apresenta as tendências e o estado da arte das ferramentas, práticas e métodos de gestão nas diversas áreas de atuação do gestor dentro das empresas – marketing, pessoas, controladoria e finanças, estratégias, projetos, processos, TI, projetos, empreendedorismo, dentre outras.

Deste modo, visando melhor capacitar os participantes na condução de suas atividades no ambiente profissional. O curso é muito procurado por empresários, executivos, consultores, futuros empreendedores e gestores. É o programa da FGV com maior amplitude e visão sistêmica, e aborda não só a vertente do hard skills, mas também nos tópicos associados ao soft skills.

Os atuais paradigmas do cenário empresarial, tais como competição global, inovações tecnológicas, incertezas políticas e econômicas, flexibilidade e aumento das parcerias, somados às recentes mudanças nos ambientes profissional e tecnológico, em que se destacam maior pressão por resultados, menor disponibilidade de tempo, maior exigência de qualidade, otimização de custos e maior interatividade, contribuíram de forma substancial para que as atenções se voltassem para a necessidade de incremento nos investimentos em aprendizado, de forma continuada.

Considerada uma das estratégias mais importantes para executivos manterem a empregabilidade e empresas potencializarem sua competitividade, a educação continuada abriga a ideia segundo a qual “nunca é cedo ou tarde demais para se aprender”, isto é, pessoas são vistas como capazes de aproveitar oportunidades de aprendizado em todas as idades e em diferentes cenários.

“Educação continuada, de um modo geral, sempre foi percebida como fundamental para que empresários, executivos, gestores e profissionais venham atingir novos patamares de excelência no cenário global e competitivo, característico dos tempos atuais”, declara o professor Isnard Marshall.

Além da amplitude de conhecimentos, o MBA em Gestão Empresarial, por ter uma visão multidisciplinar, se destaca pela troca de experiências entre os participantes – profissionais, gestores e líderes, possibilitando aos mesmos usufruírem  de um ambiente voltado para troca de ideias e oportunidades de contatos, fundamentais para o enriquecimento do networking e para o sucesso da sua vida profissional

É de se destacar também o desenvolvimento da capacidade empreendedora do gestor, onde o mesmo é incentivado a desenvolver em grupo um projeto de caráter prático, que venha agregar valor para si próprio ou para a empresa em que atua.

Destaque-se que muitos destes projetos desenvolvidos pelos alunos, em grupo, vêm se tornando realidade, transformando-se em verdadeiras empresas de sucesso, até em nível nacional.

O MBA em Gestão Empresarial é o programa “líder na formação de líderes” da FGV – programa mais procurado e demandado por empresários, executivos, consultores, futuros empreendedores, gestores e líderes e está presente em todas as unidades da FGV pelo país.

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