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Qual é a importância de se ter uma gestão de fornecedores qualificada?

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17 de abril de 2018
Logistica

Para que uma empresa se mantenha, é preciso que todas as operações estejam alinhadas e trabalhem em sinergia para o gerenciamento adequado de cada área. Um destes elementos é a gestão de fornecedores, que com o tempo se tornou indispensável em qualquer empresa. Mas ao que deve esse crescimento? Segundo o professor de MBA em Logística e Supply Chain da STRONG FGV, Geraldo Pinto, houve uma mudança no pensamento do empreendedor. 

“Sempre foi necessário, mas houve uma mudança qualitativa em que as pessoas entenderam que não adianta pensar na própria empresa somente, porque ou o empresário está verticalizado e faz de tudo, ou ele depende de outras empresas. Então o que aconteceu foi essa ideia de cadeia. Não adianta dizer o serviço é bom, mas não recebe uma matéria prima boa”, diz. 

Segundo ele, é preciso gerenciar melhor as cadeias de suprimentos e para isso existem técnicas eficazes para que haja uma estratégia melhor em relação a fornecedores. Para o professor Geraldo, deve-se levar em consideração os fatores financeiros, legais, a qualidade, a responsabilidade social e a ética, além de fatores técnicos. 

“O desenvolvimento de fornecedores funciona por meio das etapas de cadastro, gestão de demanda, qualificação, compras e depois armazenagem, logística, distribuição. para que haja uma boa gestão dessas etapas, é preciso realizar a mapeamento em cima da Complexidade da compra e a Criticidade dos materiais. Existem categorias que não são importantes para o seu negócio, ou a complexidade é baixa. Há outra que são importantes, mas não são tão complexas. Por exemplo, materiais de escritório são importantes, mas não são críticos, mas uma gráfica pode ser difícil de se encontrar, então pode ser considerado crítico e complexo”. 

A partir desse mapeamento é possível identificar as necessidades da empresa. Mas é preciso se desapegar de certos costumes, como é o caso de realizar três orçamentos e comprar pelo menor valor. 

“Ao invés do preço pelo qual eu vou comprar, eu tenho que me preocupar com o custo. O valor de compra pode ser baixo, mas seu custo ao longo da sua vida útil pode ser maior.  Muitas vezes o brasileiro compra por meio de três orçamentos e leva em consideração o mais baixo, isso é um erro, é cultural.  É preciso automatizar o sistema de compra de diversos produtos de uma empresa. A maioria dos compradores perdem tempo analisando produtos que não são críticos, nem complexos, ao invés de se preocupar com o que é essencial”, completa o professor. 

Além de uma melhora dentro da própria empresa, a maneira de comprar, de balancear os estoques e os gastos podem influenciar diretamente na economia do país e no mercado de suprimentos. 

“Muitas empresas pagam cerca de 20% a 30% a mais do que deveriam em suas compras e tem essa mesma porcentagem a mais dentro de seu estoque. Se eu diminuo esses números nos gastos, consequentemente o lucro vai aumentar significativamente. Se aumenta o lucro, ganha-se o mercado, precisa contratar mais gente e a empresa vai crescer”, finaliza o professor Geraldo Pinto. 

Sobre o entrevistado

Geraldo Luiz Almeida Pinto é professor da FGV na disciplina de logística aplicada à saúde, entre outras. Coautor dos livros Logística em Organizações de Saúde e Gestão Estratégica de Clínicas e Hospitais. Mestre em Sistemas de Gestão pela UFF. Pós-graduado em Gestão pela Qualidade Total pela FGV Consultor, com trabalhos realizados na América Latina, EUA e África. Professor homenageado pela FGV como docente por diversos anos 

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